As pessoas emocionalmente inteligentes têm a capacidade de manipular os outros para satisfazer o seu próprio interesse, de acordo com uma nova investigação publicada em 23 de outubro, na revista científica PLoS ONE, por Yuki Nozaki e colboradores da Universidade de Kyoto.
A inteligência emocional refere-se à capacidade da pessoa regular adequadamente as suas emoções auto-relacionadas e outras relacionadas e é geralmente associada com o comportamento pró-social e melhores relacionamentos interpessoais. No entanto, as funções sociais exactas da inteligência emocional permanecem obscuras. É possível que as pessoas emocionalmente inteligentes possam manipular comportamentos dos outros para se adequarem ao seu próprio interesse, ao invés de alcançar resultados pró-sociais gerais, gerindo as emoções dos outros.
Para testar essas possibilidades, os autores experimentalmente manipularam se alguém fosse condenado ao ostracismo, ou seja, ignorado ou excluído, num jogo de laboratório. Este "elemento ostracizado" poderia, então, tentar a retaliação contra os outros dois jogadores que o ignoraram. O ostracizado poderia agir racionalmente e aceitar ofertas monetárias justas no jogo ou agir irracionalmente e rejeitar ofertas justas, o que reduziria recompensas, tanto para ele como para os outros dois jogadores.
Os investigadores descobriram que as pessoas com alta inteligência emocional são mais propensas a recomendar que o ostracizado iniba a retaliação e aceite ofertas justas quando eles têm uma intenção mais fraca para retaliar. No entanto, eles eram mais propensos a recomendar que o ostracizado rejeitasse ofertas justas quando eles tinham uma forte intenção de retaliar, numa tentativa de manipular a sua decisão. Este estudo ajuda a refinar a nossa compreensão da inteligência emocional e esclarece a sua função social. Nozaki refere: " a própria inteligência emocional não é nem positiva nem negativa, mas pode facilitar comportamentos interpessoais para atingir metas."
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