Talvez seja uma das pessoas que já medita, tendo iniciado a sua prática com grande entusiasmo e com objectivos bem definidos, como sejam a redução dos seus níveis de stress ou ser capaz de se concentrar de forma mais efectiva. Pode, também, ter preparado um lugar e uma altura especial para fazer a sua prática, um espaço e um tempo em que pode ir e estar sozinho de forma tranquila.
Apesar de já ter provado os benefícios da prática meditativa, sente, muitas vezes, dificuldades em lhe dar continuidade, descobre desculpas que o impedem de meditar, sente-se culpabilizado. Perante este cenário, torna-se importante a tomada de consciência não valorativa do que está a acontecer e de que é natural, normal e acontece com todos nós, os que tomam o caminho da meditação.
Quais as causas? Muito provavelmente, será porque a mente quer estar no controlo. A mente cria pensamentos que se sucedem constantemente. Acalmar a mente exige concentração, foco e disciplina.A mente é inquieta e quando assume o comando começamos a acreditar que certos pensamentos são, de facto, verdadeiros. Por exemplo, "A meditação não é boa para mim. Tenho praticado todos os dias por duas semanas e eu ainda não sinto benefícios. O que estou a fazer? Não será melhor estar a tratar de outros assuntos mais importante? Eu não gosto de estar sentado de forma calma. Isso não é bom para o meu corpo. Preciso de movimento, de excitação! E a mente não pára...
De sublinhar que todos os que meditam acabam por sentir alguma forma de resistência à prática, principalmente neste nosso mundo frenético. Basta, então, aceitar e permitir. Devemos continuar a prática, sem valorar, assistir ao surgimento e desaparecimento. "Então é isso que se sente como resistência?"
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