
No caso de Eckhart Tolle (de verdadeiro nome Ulrich Tolle), não discuto sobre o que ele ensina é plausível ou não. O que ele transmite não é novidade, está muito em linha com o Budismo e ouras filosofias orientais. O que pode ser questionado é a sua autenticidade. Algo que se nota em muitos vídeos é a forma como Tolle procura suprimir a expressão de qualquer emoção. Assistimos, com frequência, a esta representação entre as pessoas que tentam apresentar-se como líderes espirituais/gurus. Por alguma razão, eles equivalem a falta da expressão da emoção com a paz interior, ou pelo menos pensam que por apresentarem uma fachada desprovida de emoção transparece paz interior para os outros. Mas isso não acontece. Parece apenas alguém tentando ser inexpressivo. No entanto, o que perpassa, as emoções que não podem ser totalmente suprimidas, são sempre muito interessantes de analisar.
Outra questão que pode ser levantada relaciona-se com várias incongruências e a falta de vividez factual na sua história de vida e na forma, repentina, como se tornou ‘iluminado’. Não esquecer que grande parte do sucesso de Tolle foi devido à enorme publicidade que obteve dos programas da Oprah. Apesar de Echart Tolle ter o mérito de trazer para a luz do dia alguns temas bem interessantes, o seu valor intrínseco, enquanto professor espiritual é bastante discutível.
Kumaré - uma história verdadeira de um falso profeta
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