A Mindfulness (Atenção Plena) envolve a atenção, sem julgar, na experiência do momento presente. Nas suas formas terapêuticas, as intervenções baseadas em Mindfulness promovem o aumento da tolerância ao afecto negativo e melhoram o bem-estar. No entanto, os mecanismos neurais subjacentes à regulação do humor pela prática da Atenção Plena são mal compreendidos.
Em termos neuronais, a transição para a consciência não-conceptual envolve a redução do processamento avaliativo habitual, suportado por estruturas da linha média do córtex pré-frontal. Em alternativa, os recursos da atenção são direccionados para uma via límbica relativa à consciência sensorial do momento presente, envolvendo o tálamo, a ínsula e as regiões sensoriais primárias.
Em pacientes com transtornos afetivos, a Mindfulness actua como uma alternativa aos esforços cognitivos para controlar a emoção, dirigindo a atenção para a monitorização ampla das flutuações na experiência momentânea. Limitando a elaboração cognitiva em favor da consciência momentânea parece reduzir a auto-avaliação automática negativa e aumentar a tolerância ao afecto e dor negativos, e ajudar a gerar auto-compaixão e empatia em indivíduos cronicamente disfóricos.
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