Esta experiência que se tornou num filme prova que sim!
"Não sou iluminado. O que vês em mim é a tua própria bondade e potencial" – Sri Kumaré
As palavras guru e mestre ou professor espiritual fazem já parte do léxico das sociedades ocidentais contemporâneas. Assiste-se, num ritmo frenético, à crescente oferta de orientação espiritual, talvez provocada pelo esvaziamento moral e ético. Esta tendência intrigou o cineasta Vikram Gandhi. Criado em Nova Jersey por uma família com valores tradicionais Indianos, disposto a deixar a sua fé hindu no esquecimento. Especialmente, depois de conhecer gurus reais durante as filmagens de um documentário na Índia. Observando que estes homens não eram mais 'santos' do que qualquer outra pessoa , ele teve uma ideia e a experiência social que se tornou o filme Kumaré nasceu. Vikram deixou crescer a barba, adoptou o sotaque indiano da sua avó e transformou-se em Sri Kumaré, um guru com uma filosofia inventada.
Surpreendentemente, ou talvez não, funcionou!
O filme recebeu boas críticas, com algumas pessoas a discutirem os métodos utilizados. Por exemplo, assiste-se pessoas inocentes a serem enganadas. No entanto, Vikram não é Borat . Ele não realizou este filme simplesmente para fazer divertir as pessoas, utilizando como metáfora o movimento New Age. O filme inicia desta forma, mas, no final, ele partilha uma verdadeira mensagem espiritual.
O realizador também deixa, ao longo do filme, algumas sugestões sobre os seus motivos, constantemente dizendo aos seus seguidores:
"Eu não sou real."
"Eu sou o maior falsificador, eu sei."
E, "Não existe nenhum guru."
Não revelando o final, basta dizer que, muitos dos seus seguidores, finalmente, captam a mensagem: seja o seu próprio guru.
Na revista Time
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Gurus, mestres espirituais e afins
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