Dos seus trabalhos empíricos, Ekman chegou à conclusão de que existem três sistemas em interacção no fundamento de uma emoção: a cognição, a expressão facial e a actividade do Sistema Nervoso Autónomo. Ou seja, existe uma programação, no nível do sistema nervoso, que estabelece uma ligação entre as emoções específicas e determinados movimentos dos músculos faciais, correspondência essa que é invariável. A comunidade científica é hoje unânime no reconhecimento de sete expressões universais, as quais considera como emoções básicas: alegria, aversão, cólera, desprezo, medo, surpresa e tristeza (ver imagem acima)
EMOÇÕES
• Salvam as nossas vidas;
• Motivam os comportamentos;
• Essencial para formar relacionamentos;
• Surgem em resposta à satisfação ou impedimento das nossas necessidades básicas.
Emoções universais e funções:
• Alegria: aprofunda conexão e cooperação;
• Aversão: livrar-se do que pode ser venenoso ou danoso;
• Raiva/cólera: luta, remover obstáculos;
• Desprezo: afirmar superioridade.
• Medo: fuga, escape de ameaça;
• Surpresa: focar nossa atenção a uma novidade;
• Tristeza: necessidade de consolo, elicia conexão e cuidado dos outros, cria conexão em face de perda;
Paul Ekman- Emotions Revealed (2003)
Qual a emoção que as pessoas mais gostariam de mudar?
• Raiva/cólera (a maioria)
• Medo (alguns)
• Tristeza (para as pessoas melancólicas)
Emotions Revealed - Paul Ekman (2003)
Pessoas que preferem sentir raiva/cólera quando estão num confronto tendem a apresentar maiores índices de inteligência emocional* do que aquelas que preferem sentir-se "bem" nestes contextos. Sentir emoções “úteis” mesmo que elas não sejam prazerosas leva-nos a entender as emoções e regulá-las de maneira estratégica.
*Inteligência Emocional - habilidade de compreender e utilizar as emoções e o conhecimento emocional para melhorar os pensamentos e as acções)
(Mayer, Roberts, & Barsade, 2008)
Ford B.Q., Tamir M. (2012). When getting angry is smart: Emotional preferences and emotional intelligence. Emotion, 12, 685-689.
Gerir a raiva/cólera
Passo 1: Reconhecer quando estamos com raiva/cólera;
Passo 2: Reconhecer que tipo de pensamento alimenta a raiva/cólera;
Passo 3: Perceber os pensamentos como pensamentos e não como factos;
Passo 4: Perceber o período refractário, usar métodos efectivos para acalmar-se;
Passo 5: Avaliar como fazer da próxima vez.
Pode a raiva/cólera ser construtiva?
SIM:
• Pode evitar danos para si e para os outros;
• Motiva mudanças;
• Evita ser bloqueado ou impedido por algo ou alguém;
• Mas deve ser direccionada à acção e não à pessoa.
Elisa Kozasa (2012)
COMENTÁRIOS