Actualmente, vivemos num oceano com enormes ondas de obsessão por estatuto, materialismo, vaidade, ego e consumismo. As nossas vidas tornaram-se definidas não pelos nossos pensamentos produtivos, contribuições sociais e de boa vontade, mas pelo superficial conjunto delirante de associações que a nossa sociedade cultiva, irradiando romantismo barato, ligado à concorrência vã, consumo conspícuo e vícios neuróticos, muitas vezes relacionados com a beleza física, estatuto e riquezas material e espiritual superficiais.
Para combater a nossa postura baseada no ego, devemos praticar a aceitação e a compaixão. Aceitar não significa "eu estou certo e tu estás errado, mas implica, por exemplo, que múltiplos caminhos individuais tenham espaço para coexistir. A aceitação leva-nos a diminuir as nossas defesas baseadas no ego e a abrir os nossos corações para a possibilidade de que os outros podem ensinar-nos algo e a partilha de experiências pode acontecer, estimulando o crescimento e a compreensão.
No seu livro, The Heart Wise, Jack Kornfield afirma que a compaixão é inerente ao mais íntimo do nosso ser, e cita o princípio notável da Psicologia Budista: a Compaixão é a nossa natureza mais profunda. Ela surge a partir de nossa interconexão com todas as coisas e seres.
A razão mais simples destas práticas é porque a compaixão e a aceitação são baseadas no amor e não no ego. Esta mudança de perspectiva não só é mais eficaz para o planeta Terra, mas também contribui para um maior bem-estar de tudo e de todos.
COMENTÁRIOS